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CASAMENTO
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Consultora dá dicas para diminuir a ansiedade pré-casamento Imprimir

78155650_450x600Com agenda lotada de compromissos profissionais, tarefas domésticas e a organização do próprio casamento, a adrenalina e a ansiedade da mulher aumentam, levando às sensações desagradáveis como medo de errar nos detalhes da cerimônia, o envio dos convites a tempo, os arranjos da decoração não estarem prontos e outros, durante todo o processo. Veja sugestões e ideias práticas para que a noiva mantenha o controle de suas emoções e brilhe no grande dia. E para começar: desligue o seu PC ou notebook até as 21hs. A mente precisa estar em repouso e o computador só traz excitação.

 

Como controlar a ansiedade

1ª - Durma bem: Seu organismo precisa de pelo menos 8 horas diárias de sono para estar bem recuperado para o dia seguinte. Afinal de contas, você deve estar inteira e com a cabeça descansada para negociar com fornecedores, empresas, igreja e etc.

 

2ª - Escreva um diário: Parece coisa de criança, mas você vai perceber que delícia é transformar todo processo do casamento em palavras. E o melhor, você poderá ler depois de passado o estresse e ver como você reagiu diante das situações adversas que superou. É uma verdadeira terapia.

 

3ª - Alugue um filme ou vá ao cinema: Um bom filme é sempre uma opção para relaxar, e se for de comédia, melhor ainda. Sempre é bom rir, e um pouco de diversão vai te fazer se sentir mais leve e descontraída.

 

4ª - Leia um livro. Vá à uma livraria e peça ajuda a um vendedor, escolha o tipo de livro que você mais gosta, como romance, aventura ou ficção. Você nem vai sentir o tempo passar e a ansiedade vai embora rapidinho. É um bom calmante!

 

5ª - Faça um check-list das pendências que você tem e que dizem respeito ao casamento, e na medida em que for realizando-as, marque um X ao lado. Isto te dará a sensação de missão cumprida e de que as coisas estão andando.

 

6ª - Organize-se. Abra uma pasta para colocar os contratos de todos os seus prestadores de serviços e guarde-a num local que esteja sempre acessível. Assim você não fica perdida e concentra tudo em um só lugar.

 

7ª - Tome um banho relaxante. Coloque uma música e deixe a água numa temperatura mais agradável para você e relaxe, pois o grande dia está chegando.

 

8ª - Faça algum exercício aeróbico. Matricule-se em uma academia, vá correr no parque ou dançar com as amigas. O que vale aqui é liberar as energias que ficam presas durante o dia devido ao stress acumulado. Suar bastante, esta é a regra; vai fazer bem para seu corpo e para sua cabeçinha.

 

9ª - Coma gelatina com frutas. Bateu uma fominha incontrolável? Nada melhor do que gelatina feita de pedacinhos de frutas. Ela substitui uma sobremesa, faz às vezes de um lanche da tarde e o melhor, tem pouquíssimas calorias.

 

 

Marina Domingos é consultora em casamentos, pós-graduada em administração de empresas pelo Insper (antigo Ibmec), trabalha em parceria com diversos profissionais, como educadores do esporte, nutricionistas e psicólogas para orientar noivos em todo o Brasil. Escreve dicas para o blog ‘Bem lembrados’.

 

 

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Escrito por Dra. Mirian Goldenberg   
Qui, 22 de Outubro de 2009 14:12

scComo tornar o sexo atrativo no casamento após anos de união?

Os pesquisados apontaram três tipos de sentimentos presentes no casamento: o amor, a paixão e a amizade. O amor aparece como um sentimento amplo e difuso. É diferente da paixão, um sentimento inicial e provisório, que necessariamente se transforma em amor ou, mais comumente, acaba. Para os pesquisados, é impossível estar em um estado de paixão permanente por dois motivos: porque a paixão não resiste ao cotidiano e porque é insuportável a irracionalidade e a loucura inerentes ao estado de paixão. Para eles, a paixão, quando não acaba como fogo de palha, se transforma em algo mais tranquilo e administrável: o amor, que, para durar, deve conter resíduos dessa paixão inicial ou corre o risco de se transformar em outro tipo de sentimento: a amizade. O casamento deve conter uma combinação destes três sentimentos: uma grande dose de amor, com algumas pitadas de paixão e de amizade.

Eles acreditam que os casais devem evitar o risco de desequilibrar essas porções, visto que uma grande dose de amizade poderia transformar a relação dos cônjuges em uma relação de irmãos, deserotizada. Na hierarquia dos pesquisados, o polo mais valorizado é o do amor, e o menos é o da amizade, estando a paixão evitando que o primeiro se transforme no segundo.

Apesar de o amor ser considerado o sentimento mais fundamental para a manutenção do casamento, é o mais difícil de ser definido por eles. O amor se encontra entre a paixão e a amizade, é menos explosivo do que a primeira, mas menos morno do que a segunda. É mais seguro do que a paixão, mas menos garantido do que a amizade. Se a paixão é insuportável pela sua imprevisibilidade e loucura, a amizade é perigosa pela sua racionalidade e rotina. Um equilíbrio complicado é necessário para que uma e outra estejam presentes, mas que não sejam mais fortes do que o amor.

A paixão é associada ao excesso de sexo. A amizade está associada à falta de sexo. O amor exige o sexo, mas não aquele tipo de sexo que domina o indivíduo. O sexo é algo que pode e deve ser administrado, deve ser frequente e agradável, mas mais controlável do que na paixão. O casal deve estar atento para não deixar o sexo cair na rotina e se tornar burocrático, perigo que ameaça as relações duradouras.

A ideia de que é possível administrar racionalmente esses três sentimentos apareceu entre os pesquisados. A paixão, a mais irracional dos três, deve ser domada, domesticada, mas não pode ser excluída do casamento. A insegurança, uma dose controlada dela, a incerteza sobre a posse do outro, é considerada necessária para o desejo sexual sobreviver no casamento.

 

O que acontece que muitos casais acabam virando apenas bons amigos e ex-amantes?

Essa matemática complicada torna os casais reféns de lógicas diversas, e, muitas vezes, contraditórias. Os pesquisados apontam como perigos para o casamento: a rotina, o cotidiano, a burocratização, a mesmice, a certeza de possuir o outro, a segurança que leva à morte do desejo. Mas falam da necessidade de fidelidade, do problema do ciúme e da insegurança, da vontade de possuir o ser amado, de ter certeza de que se é amado por quem se ama.

O maior problema da amizade é a morte do desejo sexual. Segundo os pesquisados, o desejo sexual se alimenta da falta, da ausência, da conquista. Não se deseja o que se tem, mas o que não se possui. Como conciliar a estabilidade de um casamento e o desejo sexual? Eis a questão.

O amor é diferente da paixão, é mais tranquilo, mais permanente, talvez mais sólido. A paixão é a loucura, o desespero, a total cegueira, você fica incapaz de produzir, de pensar, de raciocinar. Ninguém consegue viver muito tempo em estado de paixão. Não dá, é insuportável. O ideal é manter algo dessa loucura, mas bem administrada. Manter no amor algo do desconhecido, da aventura, da conquista. Manter um certo encantamento, um enamoramento permanente com o amado.

 

As fantasias sexuais podem ajudar a aquecer a relação?

O casamento, a díade, vive sob a ameaça do cotidiano, da repetição, daquela coisa chata, burocratizada. O casal tem que ficar de olho nisso, de não ter a relação com uma pessoa como uma coisa de relógio: tal hora almoçar, tal hora fazer amor. Precisa acontecer alguma coisa espontânea, um pouco mais alegre e apaixonada, para que você possa valorizar esse encontro dentro de casa.

 

Conversar abertamente sobre sexo pode ajudar?

Em muitos momentos a relação entra num cotidiano em que os dois têm dificuldade de mudar. Falta conversar para ver como poderia ser de outra maneira. Porque tem uma coisa esquisita, tem uma pessoa que você possui e está lá. E tem as pessoas que você não possui e que, por isso mesmo, você quer ter. Qualquer um tem o desafio de querer ter o que não tem. Não no sentido de propriedade, mas no de desejo.

 

O que acontece quando chega um período em que somente um do casal quer sexo e o outro não? O ato sexual sem vontade pode atrapalhar a relação do casal?

É natural que se amadureça o momento inicial de grande paixão para uma coisa mais estável que inclui um certo cotidiano, uma certa rotina, uma mesmice. Inclui, mas não pode ser só isso. É necessário estar sempre atento para manter algo dessa paixão inicial no casamento, para não transformar o casal em irmãos, para não vestir o pijama velho e ficar comendo pizza vendo televisão.

 

Quais são as dicas para os casais que estão juntos há muitos anos e querem voltar a ter relações como antes?

Para as mulheres: não se acharem as donas da verdade, eternas vítimas do machismo. Não ver o marido como um inimigo. Não exigir tudo dele, mostrarem-se tão insatisfeitas. Coisas que são muito superficiais, como o marido não saber se vestir muito bem ou gostar de tomar um chopinho com os amigos, se tornaram problemas gravíssimos. Não se cobra isso de um amigo, por que as mulheres se acham no direito de cobrar do marido? A amizade é fundamental em um casamento. Mas não pode deixar de ter tesão, tem que ser amigo e amante, ao mesmo tempo. Amar é aceitar as faltas, as imperfeições, e até gostar delas.

 


Mirian Goldenberg é Doutora em Antropologia Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e PROFESSORA DO Departamento de Antropologia Cultural e do Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Tem experiência em temas como: gênero e desvio, conjugalidade, CASAMENTO, FAMÍLIA, sexualidade, infidelidade, corpo e envelhecimento. Autora de Infiel, Coroas e A Outra (Ed. Record). www.miriangoldenberg.com.br